RESUMEN
Resumo A Prescrição Social (PS) foi desenvolvida sobretudo no Reino Unido e foi reconhecida pelo Serviço Nacional de Saúde britânico como uma abordagem inovadora para apoiar a sustentabilidade do sistema de saúde. A PS tem o potencial de promover parcerias entre estruturas comunitárias, ajudando assim a ligar os sectores social e da saúde para formar um sistema local de PS. O nosso objetivo foi avaliar o desempenho de um programa de PS, examinando o impacto no desempenho cognitivo e no bem-estar emocional. Foi aplicado um questionário a uma amostra de 60 idosos não institucionalizados, com idades compreendidas entre os 66 e os 96 anos. Foram definidos dois grupos de 30 participantes: Grupo PS (que foram incluídos no programa de prescrição social) e Grupo Controlo (que não beneficiam de qualquer programa). Todos os instrumentos foram validados para a população portuguesa. O bem-estar emocional foi avaliado através da Rosenberg Self-Esteem Scale e o desempenho cognitivo foi avaliado através do Mini-Mental State Examination. Os resultados mostraram que o grupo PS tem níveis mais baixos de comprometimento cognitivo e uma pontuação média de autoestima mais elevada, mas não foram detetadas diferenças estatisticamente significativas na escala de desempenho cognitivo. Estes resultados sugerem que os programas de PS têm um impacto especial e positivo na autoestima dos idosos. Esta evidência realça a importância de considerar estes programas como um eixo estratégico de intervenção para o envelhecimento ativo. Constatou-se a mais-valia da PS como mecanismo potenciador de benefícios associados à saúde e ao bem-estar. Futuras investigações deverão ser realizadas com acesso a uma amostra mais alargada e explorar outras variáveis dependentes.
Abstract Social Prescription (SP) has been developed mostly in the United Kingdom (UK) and has been recognised by the UK National Health Service as an innovative approach to support the sustainability of the health system. It also has the potential to promote partnerships between community structures, thereby helping to link the health and social sectors to form a local SP system. Our objective was evaluate the performance of a SP programme, examining the impact on cognitive performance and emotional well-being. A questionnaire was applied to a sample of 60 non-institutionalized older adults, aged 66-96 years. Two groups of 30 participants were defined: SP Group (that were included in the social prescription program) and Control Group (that do not benefit from any program). All the instruments were validated for the Portuguese population. Emotional well-being was assessed using the Rosenberg Self-Esteem Scale and cognitive performance was assessed using the Mini-Mental State Examination. Results showed that the SP group has lower levels of cognitive impairment and a higher average self-esteem score, but no statistically significant differences were detected in the cognitive performance scale. These results suggest that the SP programs have a special and positive impact on the self-esteem of the elderly. This evidence highlights the importance of considering these programs as a strategic intervention axis for active aging. The added value of SP as a mechanism that fosters benefits associated with health and well-being was noted. Future investigations should be conducted with access to a larger sample and explore other dependent variables.
Resumen La prescripción social (PS) se desarrolló principalmente en el Reino Unido y ha sido reconocida por el Servicio Nacional de Salud británico como un enfoque innovador para apoyar la sostenibilidad del sistema sanitario. También tiene el potencial de promover asociaciones entre estructuras comunitarias, ayudando así a vincular los sectores social y sanitario para formar un sistema local de PS. Nuestro objetivo era evaluar el rendimiento de un programa de SP examinando el impacto sobre el rendimiento cognitivo y el bienestar emocional. Se administró un cuestionario a una muestra de 60 ancianos no institucionalizados de edades comprendidas entre los 66 y los 96 años. Se definieron dos grupos de 30 participantes: Grupo PS (que fueron incluidos en el programa de prescripción social) y Grupo Control (que no se beneficiaron de ningún programa). Todos los instrumentos fueron validados para la población portuguesa. El bienestar emocional se evaluó mediante la Rosenberg Self-Esteem Scale y el rendimiento cognitivo mediante el Mini-Mental State Examination. Los resultados mostraron que el grupo PS tenía niveles más bajos de deterioro cognitivo y una puntuación media de autoestima más alta, pero no se detectaron diferencias estadísticamente significativas en la escala de rendimiento cognitivo. Estos resultados sugieren que los programas de PS tienen un impacto especial y positivo en la autoestima de las personas mayores. Esta evidencia pone de manifiesto la importancia de considerar estos programas como un eje estratégico de intervención para el envejecimiento activo. Se constató el valor añadido de la PS como mecanismo para potenciar los beneficios para la salud y el bienestar. Futuras investigaciones deberían realizarse con acceso a una muestra más amplia y explorar otras variables dependientes.
